Embora a Inglaterra possua atualmente uma geração repleta de talentos, há diversos jogadores – tanto do passado quanto do presente – que, apesar de terem direito a vestir a camisa dos Three Lions, escolheram defender outras nações. O Artigo 6º das regras da FIFA estabelece que um jogador pode representar um país se tiver nascido lá, tiver ascendência direta ou tiver residido no território por pelo menos dois anos. Essa flexibilidade abre portas para histórias interessantes de lealdade e identidade no futebol.
Erling Haaland: O norueguês orgulhoso que nasceu em Leeds
Um dos casos mais emblemáticos é o de Erling Haaland. Nascido em Leeds no ano 2000, durante a passagem do seu pai, Alf-Inge Haaland, pelo clube inglês, o astro do Manchester City teve toda a oportunidade de defender a Inglaterra. A família mudou-se pouco depois para Manchester, onde Alf-Inge atuou pelo City até 2003, período que qualificaria Erling para a seleção inglesa.
No entanto, o gigante nórdico sempre soube onde seu coração batia mais forte. Em 2015, começou sua trajetória nas seleções de base da Noruega, fazendo sua estreia pela equipe principal em 2019. “Sou norueguês e tenho orgulho disso”, declarou certa vez o atacante, que mesmo sem perspectivas de conquistas imediatas com sua seleção, jamais considerou trocar de nacionalidade esportiva.
A complexidade das escolhas no futebol moderno
A história de Haaland ilustra como fatores culturais e familiares frequentemente superam vantagens competitivas. Enquanto a Inglaterra perdeu a chance de contar com um dos melhores atacantes do mundo, a Noruegia ganhou não apenas um craque, mas um símbolo de identidade nacional. Outros casos similares permeiam a história do futebol, mostrando que as decisões dos jogadores vão muito além do mero cálculo esportivo.
O que poderia ter sido
Imaginar Haaland ao lado de Kane e Bellingham no ataque inglês é um exercício fascinante, mas que nunca se concretizará. Sua trajetória reforça uma verdade fundamental no futebol: por mais que as regras permitam certas escolhas, são os laços culturais e emocionais que realmente definem a camisa que um jogador veste com orgulho.