Erling Haaland, principal goleador do Manchester City, voltou aos treinos no fim da semana passada, reacendendo a expectativa de vê-lo novamente em ação com a camisa azul celeste. Após ficar no banco e não entrar em campo na vitória por 1 a 0 contra o Wolverhampton no Etihad Stadium, o norueguês terá completado uma semana completa de atividades até o próximo compromisso da equipe, neste sábado, contra o Southampton. Isso levanta uma questão inevitável: será este o jogo certo para Pep Guardiola colocá-lo de volta aos gramados?
À primeira vista, a resposta parece óbvia. Com Haaland recuperado e o adversário sendo o modesto Southampton, que luta contra o rebaixamento, muitos diriam que este é o momento ideal para o atacante retomar seu ritmo competitivo. No entanto, como tudo sob o comando de Guardiola, a decisão vai muito além do aparente.
A temporada do Manchester City é intensa, e a gestão física dos jogadores é parte fundamental da estratégia do treinador catalão. Embora Haaland esteja fisicamente liberado, sua ausência recente gera dúvidas sobre sua prontidão para um confronto oficial. Guardiola já demonstrou, em diversas ocasiões, que prefere reintegrar atletas lesionados com calma, priorizando sua condição a longo prazo.
Além disso, há a questão do calendário. O City ainda tem compromissos decisivos na Premier League e na Liga dos Campeões, e qualquer risco de agravar uma lesão muscular pode comprometer objetivos maiores. Guardiola pode optar por utilizar Haaland com minutos limitados, iniciando-o no banco para, eventualmente, entrar no segundo tempo — um formato de reintegração que o treinador já usou com outros jogadores em situações semelhantes.
O fator psicológico também pesa. Haaland, competitivo por natureza, certamente quer estar em campo e contribuir com gols. Seu retorno gradual precisa ser balanceado com sua própria expectativa e com a necessidade da equipe em manter seu ímpeto ofensivo.
O Southampton, embora tecnicamente inferior, pode representar armadilhas, especialmente em jogos fora de casa. Uma vitória convincente sem Haaland também seria sinal de força coletiva do City, o que pode deixar Guardiola ainda mais confortável em adiar a titularidade de seu camisa 9.
No fim das contas, a decisão sobre quando “soltar” Haaland vai depender não apenas dos testes físicos, mas também da leitura tática e emocional que Guardiola fizer da situação. O jogo de sábado pode, sim, ser o cenário ideal — mas também pode ser apenas mais um passo controlado no plano maior de recuperação total de um dos jogadores mais letais do futebol atual.